Soraya Thronicke apoia campanha “Chega de Silêncio” e reforça necessidade do piso da enfermagem
A parlamentar anunciou ainda a destinação de mais R$ 1 milhão à Santa Casa de Campo Grande
A parlamentar anunciou ainda a destinação de mais R$ 1 milhão à Santa Casa de Campo Grande
Ao participar da mobilização nacional “Chega de Silêncio”, nesta terça-feira (19/04) na Santa Casa de Campo Grande, a senadora Soraya Thronicke (União-MS) deu total apoio ao movimento que protesta contra o cenário preocupante que acomete os principais hospitais filantrópicos do Brasil. A parlamentar reafirmou ainda ser favorável ao piso da enfermagem – projeto já aprovado no Senado Federal e remetido à Câmara dos Deputados –, mas lembrou da necessidade de se avaliar a fonte de custeio para a garantia do seu pagamento pelas entidades filantrópicas do país.
“Essa é uma oportunidade de estarmos juntos para romper esse silêncio e dizer, olhando nos olhos de vocês, que votei sim pela aprovação do projeto de lei de criação do piso salarial da enfermagem. Votei sim porque eu, assim como outros senadores, reconheço o trabalho de todos os técnicos de enfermagem e de todos os enfermeiros, assim como de todos os médicos e demais profissionais envolvidos na saúde do nosso país. Reconheço que temos a problemática do custeio para o pagamento desse piso salarial da enfermagem. Mas quero dizer que, junto com toda a equipe de gestão de todas as santas casas do Brasil e, principalmente com a de Campo Grande, vamos atrás dessa fonte de custeio”, discursou Soraya Thronicke.
Ainda em seu discurso, a senadora estendeu a sua mão e disse que podem contar com ela junto ao Poder Executivo. “No papel de vice-líder do Governo do presidente Jair Bolsonaro no Congresso Nacional, não estou alheia a isso. Votei sim pela criação do piso, mas com muita responsabilidade e entendo que chegou o momento de encontrarmos uma solução para esse problema que é a defasagem da Tabela SUS. Dizem que o dinheiro não aceita desaforo, mas, ouso dizer que o dinheiro do povo brasileiro aguenta um desaforo sem tamanho, pois, é impressionante que, com tanta corrupção e tanta má gestão por todos os cantos do Brasil, o país ainda não fechou as portas. Isso só demonstra que o Brasil é muito mais rico do que a gente pensa”, analisou.
Além disso, a parlamentar sul-mato-grossense anunciou a destinação de emenda individual no valor de R$ 1 milhão para a compra de equipamentos permanentes para a Santa Casa da Capital, que é referência no Estado. “Acredito que, com uma boa gestão, conseguiremos chegar ao patamar viável para o pagamento do piso nacional da categoria de enfermagem. O que se paga sem essa atualização reflete em perda de emprego, gerando caos. Temos que bater à porta do Poder Executivo para uma solução. Do jeito que está, não dá para ficar. Só os recursos da emenda não suprem”, declarou, reforçando que é parceira das entidades filantrópicas e está de braços abertos para ajudar nessa questão junto ao Governo Federal.
Segundo o presidente da Santa Casa de Campo Grande, Heitor Freire, a aprovação do piso salarial da enfermagem sem a indicação de uma fonte de receita para o pagamento vai gerar uma defasagem de R$ 6,3 bilhões para os hospitais filantrópicos brasileiros. “Mensalmente, a Santa Casa fica no vermelho e faz malabarismos para manter as contas em dia. Nós precisamos de R$ 9 milhões por mês, que nós inventamos todo mês por causa da defasagem, do desequilíbrio financeiro e econômico. Nós recebemos 70% do custo pelo SUS (Sistema Único de Saúde) e em 12 parcelas, sendo que pagamos 13, porque tem o 13º salário também”, apontou.
Ele completa que a Secretaria Municipal de Saúde Pública informou que realiza pelo SUS uma média de 2.300 cirurgias eletivas por mês, sendo que permanecem ainda aproximadamente seis mil cirurgias na fila de espera, que podem ser mais prejudicadas com a greve da Santa Casa de Campo Grande. Por isso, o movimento “Chega de Silêncio”, que é organizado pela Confederação das Santas Casas de Misericórdia, Hospitais e Entidades Filantrópicas, é para chamar a atenção dos Três Poderes nas esferas municipais, estaduais, federal e, também, da população brasileira sobre os problemas causados pelo endividamento e pelo subfinanciamento do SUS.
Heitor Freire destaca que a tabela de repasse do SUS não é corrigida há 14 anos. “Para se ter uma ideia, a tabela do SUS não é corrigida desde 2008, ou seja, faz 14 anos que o repasse não é reajustado. Nós recebemos por procedimento 2,4 tabelas, tem hospital que recebe nove tabelas. Então essa defasagem, essa falta de sensibilidade do governo como um todo, é que está nos levando a essa situação em que realmente estamos gritando”, enfatizou, garantindo que o hospital conseguiu manter e remanejar todos os atendimentos. “Não fechamos nada durante a pandemia da Covid-19. Continuamos com todos os atendimentos. Eventualmente tem uma parte aqui ou outra ali que tem de fazer algum ajuste. Mas nós estamos encarando tudo. Temos hoje 680 pessoas internadas, sendo 640 do SUS e 40 do privado”, destacou.
Por Assessoria de Imprensa Senadora Soraya Thronicke
Cadastre seu email e receba nossos informativos e promoções de nossos parceiros.
Sustentabilidade: florestas plantadas em MS contribuem para a meta de carbono neutro
Operação Piracema: reforço da fiscalização no feriado termina com prisões e apreens...
Prefeito José Natan tem administração, tem carisma e tem popularidade
Campanha Novembro Azul conscientiza os homens sobre a importância da saúde masculina